10/08/2019
Expedicao na Estrada
Expedição na Estrada se inspira em Mário Fava e parte para o Alasca
Experiência e aventura
Eles visitaram o Museu Mário Fava, localizado em Bariri, interior de São Paulo, com um propósito: abastecer a alma e partir para o Alasca (EUA) em uma picape Chevrolet 3100, ano 1951. O casal André Jardim, 41 anos, e Julia Cristina Magalhães Prates, 35, encontraram na história dos expedicionários inspiração para cumprir o desafio.
André é geógrafo, natural de Belo Horizonte (MG), e apaixonado por carros antigos. Julia é geóloga, nasceu em Brasília (DF), e adora viajar. Trabalharam juntos em uma empresa de mineração de ouro no interior de Goiás. Nesta época eram somente amigos. Anos depois o destino os uniu.
A vida estável e bom emprego - André trabalhava há 15 anos em empresa internacional - não foram o suficiente para o casal. Optaram por se desfazer dos bens materiais que possuíam e escolheram viver viajando na picape. Desta forma, surgiu o projeto Expedição na Estrada. “Há um ano e três meses nossa casa é a picape e a estrada. Sem pressa, com muita tranquilidade”, diz André.
A caminhonete pertencia ao pai de André. Ela foi restaurada em São Paulo e a estrutura da casa montada em Santa Catarina. É toda original, sem ar condicionado, vidro elétrico, ou outras modernidades. Chega no máximo a 75 km nas descidas. Neste período de mais de um ano já passaram pelos Estados de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.
O casal conta que em 2014 viajou para o Uruguai em uma Veraneio 1965 que também era da família de André. Em 25 dias André e Julia percorreram 8 mil quilômetros. “Foi uma experiência que permitiu reviver viagens da minha infância e que serviu para provar que é possível vencer medos e barreiras”, diz ele.
Dificuldades
Julia revela que a princípio as famílias - tanto a sua como a do marido - não aceitaram a escolha que fizeram. “Foi difícil a aceitação, pelos perigos naturais em viver nas estradas. Mas aos poucos eles foram aceitando, pois é desta forma que nos sentimos bem e felizes”, explica.
A experiência os fez perceber que as pessoas são boas, que a essência do ser humano é positiva. As viagens são financiadas por eles próprios e para arrecadar dinheiro o casal produz e comercializa chaveiros de amigurumis (técnica em crochê). “Muitas pessoas nos ajudam, com gestos simples, o que nos deixa extremamente gratos. O universo conspira para as coisas boas acontecerem”, considera André.
A visita ao Museu Mário Fava foi indicada ao casal pelo escritor Beto Braga. Eles passaram um dia no local, acompanhados pelo curado José Augusto Barboza Cava, o Cavinha, que contou em detalhes toda a aventura. “Passar por aqui foi o nosso combustível. Vivemos momentos de muita emoção. A gente se vê na conquista de Mário Fava e seus companheiros. É possível sentir na pele. Se eles conseguiram, naquela época, sem recursos, iremos conseguir”, conclui André.
Exposição
André e Julia conheceram a Exposição Mário Fava e a Carretera Panamericana, no Museu Mário Fava, que retrata de forma interativa a história da aventura que começou em 1928, durou 10 anos, e passou por 15 diferentes países.
Leônidas Borges de Oliveira, Franscisco Lopes da Cruz e o baririense Mário Fava saíram do Brasil com destino aos EUA inspirados em um sonho: queriam provar que era possível unir as Américas por uma rodovia. O trio percorreu 28 mil quilômetros, percurso que deu origem à atual Carretera Panamericana.
No Museu, André e Julia ficaram emocionados ao ver o Ford T utilizado na expedição e a estátua de Mário Fava em tamanho real. (Texto: Juliana Campos, assessora de imprensa)
Serviço:
O Museu fica na rua Tiradentes, 410. Centro. Telefone: (14) 3662-1317
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 9 às 17 horas

Créditos: Juliana Campos/assessora de imprensa
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